Cientista afirma que o RN está “desordenado” e que “dificilmente” Rosalba se recuperará
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O
estado de irreversibilidade da desaprovação popular, atingido pela ex-prefeita
Micarla de Sousa (PV) no início do quarto e último ano da sua administração,
estaria sendo alcançado agora, no final do segundo ano da governadora Rosalba
Ciarlini (DEM), início do terceiro, mostrando que a gestão do DEM avança sobre
aquilo que os adversários políticos e analistas do setor classificam como
“micarlização”.
Micarla deixou a administração com reprovação quase
unânime – algo como 92%. Sem chances de, sequer, disputar a reeleição. “A alta
rejeição ao governo Rosalba é algo que já vinha se desenhando em pesquisas
anteriores e agora atinge um nível altíssimo. Isso demonstra a incapacidade do
governo em responder as necessidades do Estado e aos anseios da população”,
avalia o cientista político Antonio Spinelli, da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (URFN).
Na pesquisa Consult, divulgada nesta terça, Rosalba é
desaprovada por oito em cada dez natalenses e por sete em cada dez
norte-rio-grandenses. Embora haja tempo, a recuperação da sua imagem como
gestora é difícil, segundo Spinelli, uma vez que seria preciso que o governo
reformulasse completamente a sua linha política e rearticulasse suas bases de
apoio. Além disso, na visão do cientista, seria necessária uma profunda reforma
administrativa.
“Não se trata apenas de deficiência num ou noutro setor
específico, mas de algo que atinge o governo como um todo e se evidencia mais,
obviamente, naqueles setores que mais atingem a população de forma direta, como
o setor de saúde, que é apontado pela população como o que entra nas
deficiências onde realmente são mais graves. Dificilmente se vê perspectivas de
o governo se recuperar desse desgaste”, acrescenta Spinelli.
Do
Jornal de Hoje