Breaking News

Urnas Eletrônicas, são realmente seguras?

Tendo em vista a necessidade de informar a população, bem como o recrudescimento de críticas ao sistema eleitoral brasileiro em seu formato e procedimento atual, julgamos necessário um artigo que englobe tais temáticas, possibilitando, ao cidadão, a formação de uma concepção crítica, autônoma e consciente a respeito de tais métodos.

A Urna Eletrônica estava a ser idealizada, no Brasil, desde o período do regime militar, como proposta de facilitar a realização e a apuração das votações. A ideia se consolidou em 1990 e o primeiro pleito oficial no Brasil foi realizado em 1991. Após isso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a implantá-la por todo o país, sendo o sistema e as máquinas aprimorados e atualizados ao longos dos anos.

As urnas utilizadas no Brasil são as chamadas de primeira geração - isto é, usam um sistema denomiado Direct Recording Electronic voting machines, ou simplesmente máquinas DRE: a confiabilidade da apuração dos votos depende da confiabilidade dos software nelas instaladas, impossibilitando, pois, uma auditoria dos resultados.

Apesar de inúmeras evidências em contrário, o TSE alega que esse sistema de votação é garantido com 100% de segurança, de modo que seria, portanto, motivo de orgulho e prestígio do Brasil perante diversos países do mundo. Isto é comumente corroborado por mídias em geral. No entanto, crescem discussões e manifestações a respeito do problema, questionando a real eficiência e segurança desse sistema.

Alguns casos começaram a eclodir nos últimos anos como, por exemplo, em Guarulhos - segundo maior colégio eleitoral do estado de São Paulo -, em que, segundo um matemático em entrevista para o jornal da Band, isto seria considerado praticamente impossível de ocorrer, nas eleições municipais de 2004: 79927 eleitores não votaram; 79927 votaram brancos e nulos; e outros 79927 justificaram. É, até mesmo para os mais ingênuos, de se desconfiar muito.

Outro caso, agora no município de Caxias - interior do Maranhão -, mostra candidatos que não receberam nenhum voto, nem eles mesmos ou a família haviam votado, segundo as urnas.