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Mau-caráter, gay, contrabandista..



É um fenômeno triste, mas que vai ganhando cada vez mais espaço na mídia, nas redes sociais e na atenção do torcedor. Talvez à falta de um bom futebol, chamam mais a atenção os fatores paralelos e mundanos e quanto mais sensacionalismo, melhor. Em outros setores, especialmente na política, é a mesma coisa — o bizarro, o grotesco e o tragicômico comandam o espetáculo. Tem-se, então, que em um joguinho morno, lá no interior de São Paulo, Lúcio e Sheik se estranham e o primeiro apela, chamando o colega de profissão de contrabandista, ou seja, criminoso. Mas Sheik se incomodou mais em ser tachado de gay, o que não é crime nem pecado. Disse que não é e aproveitou para se sentir vítima de preconceito e acusar Lúcio de mau-caráter, o que não é crime. O futebol ficou em plano secundário e essa coluna destaca o fato, até seguindo a tendência, mais como um estranhamento pela dimensão exagerada da briguinha. Em outros tempos, esse bate-boca se limitaria aos jogadores e não haveria repercussão. Mas hoje se sobrepõe a tudo.