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Advogado aponta suposta arbitrariedade em investigação de crime em Serra do Mel


Evânio Araújo diz queinquérito foi baseado em investigação da PM – Foto Wilson Moreno
Evânio Araújo diz queinquérito foi baseado em investigação da PM – Foto Wilson Moreno
A investigação da morte do agricultor Francisco Azevedo Neto, 52 anos, fato ocorrido na manhã do dia 24 de janeiro deste ano, é contestada pelo advogado Evânio Araújo, defensor dos suspeitos Ítalo Lima de Almeida, apontado no inquérito como executor e o pai dele Ivan Carlos de Almeida, que segundo o processo forneceu a arma para o filho cometer o crime.
Para Evânio Araújo, existem muitas falhas no inquérito presidido pelo delegado Nivaldo Floripes, e aponta o que considera como um erro grave o fato dos suspeitos não terem sido ouvidos numa delegacia pelo delegado. O advogado explica que todo o processo que coloca seus clientes como principais suspeitos foi baseado em uma investigação feita pela Polícia Militar de Serra do Mel. “O poder de investigação é da Polícia Civil e não da Polícia Militar e a forma como o inquérito está sendo conduzido é uma arbitrariedade”, ressaltou.
Evânio acrescenta que dispõe de argumentos suficientes para entrar com pedido de relaxamento de prisão de seus clientes, mas garante que na prisão eles ficarão mais SEGUROS. De acordo com o advogado, Ítalo, apontado como autor dos disparos que matou Francisco Azevedo, já sofreu um atentado dentro da casa de sua sogra. “Na ocasião Ítalo foi socorrido e 24h após ser ferido foi encaminhado para a Cadeia Pública sem passar pela perícia no Itep”, lembrou.

INTIMAÇÃO
Evânio acrescentou ainda que um irmão de Ítalo foi chamado para depor ontem, sábado, 30, na sede da Prefeitura de Serra do Mel. “Outra ilegalidade, tomar depoimento sem que seja numa delegacia, e num dia de sábado, eu orientei a não comparecer”, disse. Outro ponto levantado pelo advogado, é que o delegado Nivaldo Floripes não é mais delegado titular na cidade de Serra do Mel, porém continua à frente da investigação.

DIVULGAÇÃO
O resultado do Inquérito que apura a morte do agricultor Francisco Azevedo Neto, 52 anos, foi divulgado no dia 19 deste mês. A investigação que teve à frente o delegado Nivaldo Floripes indiciou quatro suspeitos de participação no crime. Entre os indiciados estão o genro e a filha da vítima. O agricultor morto era irmão de Josivan Bibiano, ex-prefeito de Serra do Mel.
Os indiciados foram: José Luiz Gomes, “Chico Passarinho”, genro e suspeito de ser o mandante do crime e Maria Simone de Azevedo Gomes (filha da vítima), Ítalo Lima de Almeida (apontado como executor) e o pai deste, Ivan Carlos de Almeida. A motivação seria uma série de desavenças que o genro tinha com o sogro. A vítima considerava o marido da filha preguiçoso para trabalhar, adúltero e responsável pela separação dele com a esposa. Isso gerou algumas discussões entre eles, o que teria causado a ira de Chico Passarinho e de Maria Simone, que defendia o esposo.
Chico Passarinho foi interrogado e negou o crime, mas seu depoimento apresentou várias contradições. O delegado Nivaldo Batista Floripes, responsável pelas investigações do caso, também encontrou outros indícios que apontam a autoria intelectual do suspeito e o envolvimento dos demais no assassinato. As investigações apontam ainda que Chico Passarinho foi quem levou, no carro dele, os executores até o local do crime.
Também participaram diretamente da execução os irmãos Manuel Diego e Assizinho, ambos mortos em confronto com a polícia em Serra do Mel no último dia 13 de março. Outras três pessoas também foram indiciadas por falso testemunho, pois fizeram afirmações falsas para tentar proteger os demais acusados.

O CRIME
O homicídio ocorreu no dia 24 de janeiro desse ano, por volta das 7h30 na Vila Mato Grosso, em Serra do Mel-RN. Ele estava na lavoura de sua propriedade acompanhado de outros quatro trabalhadores quando apareceram duas pessoas armadas com uma espingarda calibre 12 e um revólver correndo dentro do lote, mandando que todos se deitassem.
Ao se aproximarem da vítima, uma dessas pessoas falou: “é você mesmo”, ordenando que os trabalhadores saíssem correndo.  Logo depois a vítima, ainda deitada, foi executada com um tiro de espingarda calibre 12 nas costas e três disparos de revólver na cabeça. Em seguida os suspeitos empreenderam fuga em direção à estrada, já que existia um veículo esperando por eles.
fonte gazeta do oste