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O RETORNO DE XUXA E GUGU: UM REFORÇO À MESMICE DOS PROGRAMAS DE AUDITÓRIO

A estreia do programa Gugu é um exemplo. Foi ao ar no dia 25 de fevereiro de 2015, mas bem podia ser 1990: o apresentador entrou no estúdio ao som da estupenda Pintinho Amarelinho, eternizada durante oViva a Noite, atração comandada por ele entre 1982 e 1992 no SBT.
A estreia, impulsionada por uma exclusiva com Suzane von Richthofen, condenada em 2006 pela morte dos pais, marcou 17 pontos de audiência, os melhores números do apresentador no canal, que exibiu a primeira versão da atração entre 2009 e 2013.
semana depois, no dia 4 de março, a audiência média foi de 11 pontos. Mesmo com a queda, a atração ainda manteve a vice-liderança, na frente do SBT, que exibia oPrograma do Ratinho. A boa recepção assustou também a Globo, que vem esticando a novela Império em quase meia hora nos dias em que Gugu vai ao ar, às terças, quartas e quintas-feiras.
Já Xuxa balança a bandeira da mudança. Segundo a apresentadora, a nova emissora dará mais autonomia a ela, ao contrário da Globo. "Posso fazer o que eu quero agora. É muito difícil trabalhar em um lugar em que você não pode, não pode, não pode. Agora eu posso, eu posso", diz.
O discurso, que mais parece a letra de uma de suas músicas mais famosas, Lua de Cristal, projeta a metamorfose na carreira da loira, que ainda não conseguiu se desvencilhar da associação com o público infanto-juvenil.
Por enquanto, Xuxa e Record prometem uma atração nos moldes do que é feito por Ellen DeGeneres na televisão americana, porém com um algo a mais. Além das entrevistas, ela pretende trazer números musicais, notícias e surpresa! um repórter mirim. Parece menos o que faz a divertida Ellen e mais uma repetição do arroz com feijão da TV brasileira.

Como na música brasileira que falta bons compositores, na TV e no Rádio também está faltando bons produtores. O que está se gravando hoje no Brasil e passando para o povo é um verdadeiro lixo musical. Na TV e no Rádio não está sendo diferente.