Vídeos mostram deputado do RN sendo subjugado por cinco policiais
Ney Douglas/NJ [reprodução do vídeo]
Deputado jogado no chão, sendo subjugado por cinco policiais federais
O deputado estadual Carlos Augusto Maia (PTdoB) apresentou hoje na sessão da Assembleia Legislativa o vídeo que mostra como foi a abordagem da Polícia Rodoviária Federal que resultou na sua prisão, sob acusação de desacato. As imagens revelam que o deputado questiona o fato de estar sendo filmado e que o policial já responde rispidamente. Em seguida, ao tentar impedir a filmagem, colocando a mão sobre o visor da câmera, Carlos Augusto Maia é subjugado por pelo menos cinco policiais rodoviários federais.
O deputado foi jogado no chão e depois algemado. "Eu nunca fui tão humilhado. Eu nunca fui humilhado dessa forma. Eu estou com motorista", diz, na filmagem, já algemado. É possível ouvir um policial acusando o deputado de ter derrubado seu celular. E outro, que aparece no vídeo, acusando o parlamentar de estar interferindo na blitz. As imagens não evidenciam isso. Pelo contrário: o vídeo dá a entender que houve excesso por parte dos policiais.
Em nenhum momento Carlos Augusto Maia se vale do fato de ser deputado para tentar dissuadir os policiais da abordagem. Ele acabou detido e levado a uma delegacia em caicó. Em nota, após o episódio - que ocorreu sábado passado - o deputado informou que respeita o trabalho realizado pela PRF, mas não concordou com a forma de agir adotada pelos agentes.
A abordagem ao carro em que estava o deputado aconteceu na BR-427. A blitz foi montada na saída de um show que acontecia na tradicional Festa de Sant'Ana, que atrai milhares de pessoas para a cidade. Segundo a PRF, a discussão começou quando Carlos Augusto impediu o motorista de descer do carro para fazer o teste de bafômetro. O vídeo não mostra isso.
A nota enviada pela assessoria de comunicação acrescenta que o motorista do carro não estava alcoolizado e ressalta que seu questionamento foi mal recebido pelos policiais. "O parlamentar lamenta que a abordagem a pessoas públicas esteja sendo usada para promover de forma irresponsável o trabalho deles", reforça a nota.



