Ex-gatinha de Youssef e ex-capa da Playboy ‘Abalada e estarrecida’, nega ser laranja


Ricardo Brandt, Mateus Coutinho e Luiz Vassallo
A defesa de Taiana de Sousa Camargo, ex-amante do doleiro Alberto Youssef, afirmou em manifestação ao juiz federal Sérgio Moro que ela está “abalada e estarrecida” com seu indiciamento na Operação Lava Jato. A Polícia Federal atribui à Taiana o crime de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores. Em janeiro de 2015, Taiana foi capa da Playboy.
Grande operador de propinas no esquema instalado na Petrobras entre 2004 e 2014, o doleiro é um dos primeiros delatores da Lava Jato. Youssef revelou pagamentos de vantagens ilícitas por empreiteiras a políticos, entre deputados, governadores e senadores.

Segundo o advogado Anderson Cosme dos Santos, que defende Taiana, o doleiro se apresentou a ela “como um empresário de sucesso e dono da empresa Marsans Brasil, que atuava no ramo de hotelaria e turismo”.
“O apartamento sempre foi da requerente e não de Youssef, todavia, depois que ele fez delação premiada, ela se convenceu de que aquele dinheiro poderia ser de proveniência ilícita e, não de dinheiro lícito que ela pensava que ele possuía por ele demonstrar e ostentar ser dono da empresa Marsans Brasil”, observou o criminalista.