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Candidatos à Presidência congestionam palanques locais. Tem candidato com coligação que defende até quatro presidenciáveis




ELEIÇÕES 2018
 
 Eleições contam até o momento com 13 candidatos à Presidência. Reprodução

Ao final do prazo para realização das convenções partidárias, oito legendas confirmaram seus nomes na corrida pelo Governo do Estado e 13, pela Presidência da República, sendo este o maior número desde 1989. A diferença congestiona palanques locais, obrigando alguns deles a terem mais de um candidato a nível nacional.

No palanque do ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT), por exemplo, há três candidatos em busca de espaço. Ele mesmo apoia o seu correligionário Ciro Gomes, que já governou o Ceará e foi ministro da Fazenda. Porém, os seus candidatos ao Senado Federal também contam com colegas de partido pleiteando a cobiçada cadeira do Palácio do Planalto.

Na chapa de Carlos Eduardo, o deputado federal Antônio Jácome (Podemos) tem o senador Álvaro Dias (Podemos) como candidato a presidente. Já o partido do senador Garibaldi Alves Filho (MDB), que busca a reeleição coligado com o PDT, oficializou a candidatura do ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) à Presidência da República. São três postulantes para um só palanque.

O candidato ao Governo e engenheiro Breno Queiroga (Solidariedade) vive situação semelhante. Apesar de nacionalmente o seu partido apoiar a candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), seus aliados locais defendem outros três nomes.

O Patriota oficializou o deputado federal Cabo Daciolo na disputa nacional. Filho do ex-presidente João Goulart, João Goulart Filho vai disputar pelo PPL, partido que também está coligado com o Solidariedade no Estado. Fato repetido pelo Democracia Cristã. O ex-deputado José Maria Eymael (CD) está novamente na disputa. No RN, a legenda também vai de Breno Queiroga, elevando o desafio de acomodar quatro presidenciáveis num só palanque.

O governador Robinson Faria (PSD) encontra menos dificuldades para conciliar interesses. O PSDB, que conta com Alckmin na disputa, está coligado com o PSD tanto estadual quanto nacionalmente. Em possível agenda no RN, o ex-governador, porém, teria que transitar entre o palanque de Robinson e o do partido que faz oposição ao governador, o do Solidariedade.

O ex-presidente Lula (PT), a ex-ministra Marina Silva (REDE), o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos (PSOL) e a operária Vera Lúcia (PSTU) vivem situação ainda mais confortável. Todos contam com palanque encabeçado pelo próprio partido no Estado. A senadora Fátima Bezerra (PT), o ambientalista Freiras Júnior (REDE), o empresário Carlos Alberto (PSOL) e o líder sindical Dario Barbosa (PSTU), respectivamente.

No caso do deputado federal Bolsonaro (PSL), o seu palanque potiguar tem como candidato o bispo Heró Bezerra (PRTB). O partido está coligado com Bolsonaro nacionalmente, facilitando a agenda de ambos.

O empresário João Amoêdo (Novo), que tem origem familiar no Estado, não conta com um candidato ao Governo aliado. Ele vai disputar a Presidência, mas o seu partido não lançou candidatura própria no RN nem mesmo se coligou com outras agremiações. Amoêdo, portanto, é o único presidenciável sem um palanque majoritário local, ficando a defesa do seu nome em solo potiguar a cargo dos postulantes proporcionais da legenda.


(Por Otávio Santiago/Portal no Ar)