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Danos ambientais ameaçam desenvolvimento sustentável na bacia do rio Piranhas-Açu

O desmatamento, os resíduos de agrotóxicos e o despejo de esgoto e de detritos industriais sem tratamento nas águas do Piranhas-Açu ameaçam a sobrevivência do rio, dificultando o desenvolvimento sustentável nas áreas abrangidas pela bacia. Esses e outros danos ambientais foram destacados pelos participantes da primeira oficina do Macrozoneamento Ecológico-Econômico da Bacia do Rio Piranhas-Açu (MZPAS), realizada nesta terça-feira (2), em Macau, no Campus do IFRN. O rio, que nasce na Paraíba, é um dos mais importantes do RN, atravessando três regiões potiguares marcadas pela diversidade econômica.
O zoneamento, realizado pelo Governo do Estado com recursos do empréstimo do Banco Mundial, dividirá em zonas a área de 17.509 km2 da bacia, que abrange 47 municípios potiguares. O projeto pretende disciplinar o uso das águas, que atualmente servem ao abastecimento de vários municípios da região, além de sustentar atividades econômicas como pesca, agricultura familiar e a fruticultura irrigada. O objetivo é conciliar o desenvolvimento econômico com a conservação ambiental, combatendo os problemas existentes e prevenindo danos futuros.
“Esse é um debate estratégico para o governo da professora Fátima Bezerra, e que marca, inclusive, uma mudança no modo como as coisas estavam sendo feitas”, afirmou o secretário de Gestão de Projetos e Metas, Fernando Mineiro. “Queremos não só integrar as ações dos órgãos de governo envolvidos mas também trazer a sociedade civil para pensar a questão hídrica, que é central para o nosso estado”.
O secretário destacou que a opção por começar as oficinas na região de Macau reflete a consciência sobre o papel do Estado como mediador de conflitos. “Começamos o macrozoneamento pela foz sabendo que isso vai gerar conflitos, porque as águas já chegam ao estuário carregadas de conflitos gerados ao longo do curso. Além disso, o rio vai receber as águas da transposição do São Francisco, o que deve gerar mais conflito. Mas, o papel do governo é esse mesmo: mediar os conflitos. Por isso, o debate com a sociedade é central para o nosso governo”, explicou Mineiro.
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