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PGR acusa Girão de usar verba pública em apoio a atos antidemocráticos

O deputado pelo Rio Grande do Norte, General Girão é um dos quatro acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de utilizar verba pública para apoiar atos antidemocráticos.

Além dele, outros 3 deputados bolsonaristas também são alvo do inquérito da PGR sobre a origem dos atos. As informações são do jornal "O Globo", que teve acesso ao documento.

O inquérito, que está sob sigilo, foi aberto no mês passado. No documento, o órgão acusa quatro parlamentares de divulgarem virtualmente os atos usando a verba da cota parlamentar. São eles: Bia Kicis (DF), Guiga Peixoto (SP), Aline Sleutjes (PR) e General Girão (RN).

Cada parlamentar tem direito a uma cota mensal independente dos salários, incluindo o dos funcionários do gabinete, que varia entre R$ 30.788,66, no Distrito Federal, e R$ 45.612,53, em Roraima.

O valor é destinado a despesas do mandato, como passagens aéreas, conta de celular e divulgação de mandato.

Segundo o jornal, eles teriam repassado um total de R$ 30,3 mil para a Inclutech Tecnlogia, empresa do marqueteiro Sérgio Lima, responsável pela marca do Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro tentar criar.

Lima foi um dos alvos da operação da Polícia Federal na semana passada no âmbito da investigação sobre fake news e ataques contra ministros do STF, instaurado há mais de um ano.

Em resposta ao jornal, todos os deputados negaram envolvimento com as manifestações antidemocráticas.

Outros seis deputados do PSL tiveram o sigilo quebrado a pedido do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF: Daniel Silveira (RJ), Carolina de Toni (SC), Alê Silva (MG), Carla Zambelli (SP), Cabo Junio Amaral (MG), Otoni de Paula (RJ), além do senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ).

A PGR ainda apura a relação de empresários, ativistas e assessores parlamentares na realização e financiamento destas manifestações e também como sites bolsonaristas podem estar se beneficiando financeiramente com esses atos.

Segundo o órgão, dois deles, a Folha Política e o Foco Brasil, podem ter ganhado mais de R$ 150 mil exibindo os protestos.

A atuação de empresários, ativistas e assessores parlamentares suspeitos colaborarem com os eventos ilegais também é alvo de investigação do órgão.

No dia 15 de junho, na semana passada, a PF prendeu Sara Winter, ativista e uma das líderes do grupo "300 do Brasil", conhecido pelas manifestações antidemocráticas contra o STF e o Congresso Nacional.

Com informações de O Globo