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Câmaras frigoríficas do Itep-RN quebram, causam mau cheiro e atraem insetos para o prédio em Natal

Duas câmaras frigoríficas do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), localizado na Ribeira, em Natal, quebraram entre domingo (7) e segunda-feira (8) e precisaram ter os corpos que armazenavam transferidos para o outro refrigerador instalado no prédio.

Durante essa ação, o mau cheiro se instalou no local, incomodando profissionais, e atraindo inclusive insetos para a sala da necrópsia.

A assessoria do Itep confirmou o problema com as “geladeiras”, como são chamadas, e informou que elas terminaram de ser limpas e começaram a ser consertadas nesta quarta-feira (10). A previsão do órgão é de que até o sábado (12), os equipamentos voltem a funcionar normalmente armazenando os corpos.

De acordo com Vânia Tavares, coordenadora jurídica do Sindicato do Servidores do Itep (Sinditep), os servidores relataram um ambiente muito incômodo para exercer as atividades.

“Ontem, terça-feira a gente recebeu muita reclamação dos nossos associados, dizendo que estava, assim, ‘humanamente desumano’ trabalhar. Inclusive, os policiais civis que estavam levando os presos para os exames nem estavam conseguindo ficar devido ao mau cheiro, odor”, disse.

Ela explicou que o sindicato pediu ao Itep para tomar providências e que designou uma representante para acompanhar a situação. O sindicato foi informado que as câmaras frigoríficas já passam pelo conserto, que voltaram ao funcionamento normal e que o necrotério está limpo e sem exalar odor.

“Os corpos que ficam nas geladeiras são provas de crime, que estão na Justiça, e ali é um material que tem que estar guardado para futuros desfechos. Não pode isso acontecer e perder essas provas materiais”, falou Vânia.

O Itep informou que a câmara frigorífica que segue em funcionamento consegue suprir a demanda emergencial das outras duas que quebraram e que nenhum corpo ficou fora da refrigeração ou se decompondo no prédio.

O órgão informou ainda que a maioria dos corpos deixa o Itep no mesmo dia em que chega e que os que permanecem são de situações específicas, como os não identificados, os que permanecem para solução de crimes ou por decisão judicial.

O prazo máximo para permanência de um corpo na câmara frigorífica, sem qualquer decisão judicial contrária, é de 30 dias, segundo portaria.

Segundo a assessoria do Itep, a solução definitiva desse problema se dará apenas com a mudança de prédio, já que o atual, por ser antigo, não apresenta estrutura ideal para alguns equipamentos.

Fonte: g1