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Objeto de desejo: Campeonato Potiguar 2023 deve ser um dos melhores dos últimos anos


 
O Campeonato Estadual voltou a mesa de discussões no RN, o presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF), José Vanildo, já realizou o primeiro encontro com os representantes dos clubes que disputam a divisão de elite, passou algumas propostas de modificações que, agora, estão em fase de estudo para uma definição no próximo encontro. Entendendo que é dentro dessa competição que eles garantem um bom calendário para a temporada seguinte, o treinador Leandro Sena do América já classificou o Estadual como prioridade do clube. Em termos de competições locais, o ABC leva uma franca vantagem em relação aos seus adversários, que apenas somados, conseguem ultrapassar por um o número de títulos do Alvinegro no período entre 2000 e 2022.

A equipe abecedista ao longo dos anos vem apenas conseguindo aumentar a hegemonia que levou o clube potiguar a integrar o Livro dos Recordes. A força é tão grande, que seja qual for o recorte feito dentro da história do futebol do RN, que ele estará na frente quando se tratar de conquistas. O ABC é o maior campeão da chamada “era moderna” no futebol do RN com 11 conquistas, dentro do universo de 23 campeonatos.

Se depender do treinador Fernando Marchiori esse número de conquistas deve ser ampliado na próxima temporada, porque, à exemplo do treinador americano, ele também já antecipou que não vai abrir mão da conquista de mais uma taça. A situação é bastante favorável, pois com o acesso conquistado para Série B, o clube contará com um aporte maior de verbas para montar um elenco forte, como a situação exige, devido ao gabarito das competições que o grupo irá disputar no próximo ano.

A forte base do elenco que obteve o acesso e o vice-campeonato no Brasileirão, está sendo mantida, as peças consideradas mais importantes estão renovando os seus contratos, num movimento igual ao realizado pela direção americana, que renovou com toda equipe principal após a conquista do título da Série D. Frente a essa situação, os dois rivais largam como favoritos a realizar mais uma final emocionante em 2023, uma vez que estão bastante avançados em termos de preparação em relação aos demais participantes.

Mas os favoritismos existem para serem derrubados, embora com mais dificuldades, os clubes de menor investimento e do interior, também almejam viabilizar o futebol em suas cidades por toda temporada. Especificamente, o próximo ano já será bom para eles, uma vez que os acessos de ABC e América abriram mais duas vagas para os nossos representantes da Série D. Potiguar de Mossoró e o Globo vão herdar as vagas no Brasileirão e terão o direito de desfrutar de uma temporada mais completa, permanecendo ativos a maior parte da temporada. O Estadual é o que garante a permanência dos clubes na quarta divisão e o fato passou a ser também mais um atrativo para aumentar a motivação dos clubes que não conseguem superar as duas maiores forças locais.

A tarefa de um clube com investimento inferior de superar o sarrafo e chegar a uma grande final do Estadual é considerada difícil, mas, na era moderna, a situação se mostra bem mais comum que antes, batendo a casa dos 60% . Em 14 oportunidades apenas um dos clubes mais tradicionais do RN disputaram o título e em 2006 e 2009 a dupla sequer conseguiu conquistar um turno. O período recortado deixa claro que não existe vencedor e nem perdedor de véspera. De 2000 até os dias atuais, apenas em nove oportunidades (39%) ABC e América realizaram a grande final, fato que aponta para um crescimento técnico das outras equipes, que vêm tornando as vidas de Alvirrubros e Alvinegros cada ano mais difíceis.

Outras questões chamam bastante atenção, quando nos debruçamos sobre os dados compilados pelo pesquisador Marcos Trindade. Uma delas é que o levantamento mostra que ABC e América estiveram presentes 15 vezes nas finais do Campeonato Potiguar nos últimos 23 anos. Nele fica comprovado também a fama de papa-títulos do ABC, que apresenta um aproveitamento de 73% em decisões, ou seja, venceu onze dos quinze títulos disputados.

O América viveu dentro dessas últimas décadas algumas de suas piores crises e os números comprovam isso, apesar de ter chegado no mesmo número de finais que o grande rival, o clube da avenida Rodrigues Alves apresenta um aproveitamento bem inferior, que bate na casa dos 40%, ou seja, ele perdeu muito mais que ganhou títulos estaduais, nas duas décadas passadas e com a terceira já iniciada.

Em se tratando de confrontos diretos nas finais registradas a partir do segundo milênio, o ABC também leva vantagem e os percentuais. O Alvinegro levou a melhor sobre o América em 66,6% das finais que eles disputaram, a vantagem é tão grande que o Elefante tem o dobro de conquistas de título em clássico que o América (venceu seis e perdeu três), outro fato que comprova a grande força abecedista dentro do RN.

Todos os números levantados vão servir de motivação para os clubes do interior tentarem uma reação, o América buscar montar um bom elenco para começar a diminuir a diferença em relação ao rival e o ABC querendo manter o status de melhor clube do Rio Grande do Norte. Os trabalhos estão em início de preparação e em 2023 que vença o melhor!!!!


Fonte: Tribuna do Norte