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Após campanha marcada por violência, Equador vai às urnas para escolher um novo presidente; um candidato foi assassinado

 

 Foto 1: Karen Toro/Reuters/Foto2: Reuters

Os equatorianos vão às urnas neste domingo (20) escolher o novo presidente do país e legisladores. Mais de 13 milhões de pessoas estão elegíveis a votar.

A eleição aconteceria apenas em 2025, mas foi antecipada pelo presidente Guillermo Lasso em 17 de maio, quando decretou a chamada “morte cruzada”. A justificativa usada foi a grave crise política e comoção interna.

A campanha eleitoral, que terminou na quinta-feira (17), foi marcada pela violência, com o ponto mais trágico sendo o assassinado a tiros de Fernando Villavicencio, um dos candidatos, no dia 9 de agosto, a menos de um mês do pleito.

Villavicencio foi assassinado por atiradores na saída de um comício na cidade de Quito. A polícia prendeu seis suspeitos de terem cometido o crime, e um sétimo morreu em uma troca de tiros. Todos os suspeitos são colombianos.

A candidatura da vítima foi assumida por um amigo, Christian Zurita. O nome de Villavicencio vai aparecer nas cédulas, mas os eleitores serão avisados que o voto será para Zurita. Pela legislação equatoriana, a candidata a vice, Andrea González, não poderia assumir a cabeça de chapa.

Para garantir a segurança, o governo planejou um esquema de segurança com mais de 100 mil agentes, incluindo as Forças Armadas e a Polícia Nacional.

Entenda por que a eleição foi antecipada

Em 17 de maio, o presidente Guillermo Lasso decretou a chamada “morte cruzada”, dissolvendo a Assembleia e encurtando seu mandato, para posterior convocação de eleições.

A Constituição do Equador concede ao presidente esse poder nos primeiros três anos de seu governo. Entretanto, a manobra nunca tinha sido usada antes.

A medida foi tomada um dia após o início do julgamento político contra Lasso na Assembleia Nacional por sua suposta participação no crime de peculato, uma acusação que o chefe de Estado nega.

Desde então, Lasso tem governado o país por decreto. Apesar de poder concorrer, ele não disputa a reeleição, tendo rejeição de 80% da população.

G1/CNN Brasil