MACAU - PREFEITA CONTRATA SEM LICITAÇÃO EMPRESA QUE TRABALHOU NA SUA CAMPANHA : O PÚBLICO E O PRIVADO SE CONFUNDEM.
A prefeita de Macau contratou por dispensa de licitação a empresa Carlos G. Carvalho N. Nunes, que prestou serviços diretos à sua campanha eleitoral. A justificativa? Um estado de calamidade pública que, segundo fontes locais, foi decretado estrategicamente para permitir contratações sem concorrência. A empresa — que atuou na produção de eventos, comunicação visual e marketing político durante o último pleito — agora passa a receber com recursos públicos, sob o pretexto de “urgência” e “interesse público”. O contrato envolve serviços na área de marketing e comunicação. O uso do estado de calamidade tem servido como atalho para burlar os ritos legais e entregar contratos a aliados políticos. A prática não é nova em cidades pequenas, mas o caso de Macau escancara como o instrumento, pensado para emergências reais, virou moeda política. A dispensa de licitação é prevista em lei, mas deve respeitar critérios técnicos, limites legais e, sobretudo, a moralidade pública. Neste caso, soa mais como manobra: cria-se a emergência para justificar a contratação, e escolhe-se quem já tinha vínculo direto com a prefeita — misturando campanha com gestão, palanque com gabinete. Carlos G. Carvalho N. Nunes, agora contratado formalmente pelo município, representa um caso clássico de sobreposição entre o público e o privado — onde o interesse político parece falar mais alto do que o interesse da população.
obeliscodemacau