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ROGÉRIO MARINHO PODE PERDER MINISTÉRIO PARA DAVI ALCOLUMBRE, MAS DEVE SEGUIR NO GOVERNO

 

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) passou a sinalizar, em conversas com outros senadores, que irá assumir um ministério no governo do presidente Jair Bolsonaro, caso seu indicado à sucessão, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) seja eleito.

PASTA PREFERIDA

Alcolumbre já teria, inclusive, uma preferência: o Ministério do Desenvolvimento Regional, hoje com Rogério Marinho. A pasta toca obras estruturantes, com orçamento para 2021 previsto em R$ 24,17 bilhões.

E o presidente do Senado, segundo interlocutores, fez uma série de compromissos”, durante sua busca por votos para Pacheco, de usar sua influência  política para ajudar a levar recursos aos Estados. À frente da pasta, ele teria autonomia para cumpri-los.

A mudança de postura se dá pela avaliação de que a vitória de Pacheco será creditada a Alcolumbre. Ele escolheu o candidato, fez as alianças e conseguiu os votos, sem nada dever ao governo. Por isso, sairia fortalecido do processo, segundo leitura de seus pares.

O DESTINO DE ROGÉRIO 

Ainda segundo aliados do presidente do Senado, no caso de sua ida para o Ministério do Desenvolvimento Regional, o ex-deputado Rogério Marinho poderia ser deslocado para a Secretaria-Geral da Presidência, hoje sob comando interino de Pedro César Nunes Ferreira Marques de Souza, que substituiu Jorge Oliveira, que tomou posse como ministro do Tribuna  de Contas da União.

Segundo auxiliares de Bolsonaro, a Secretaria-Geral tem como maior atrativo a Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ), pela qual passam todos os atos normativos, leis e medidas provisórias firmadas pelo presidente. Contudo, para o perfil de Marinho, ex-deputado pelo PSDB, permanecer no Desenvolvimento Regional seria mais atraente.

Ele também poderia  assumir pasta mais forte em meio a uma reforma ministerial, pois é bem avaliado por Bolsonaro.

DEM COM OUTRO PERFIL 

Fontes do Desenvolvimento Regional, contudo, disseram desconhecer tratativas a respeito. Nesse sentido, um dos que poderia deixar a Esplanada é Onyx Lorenzoni, ministro da Cidadania e companheiro de Alcolumbre no DEM.

IRMÃO SUPLENTE ASSUME 

Se assumir um ministério, Alcolumbre deixará o posto de senador para seu irmão e suplente, Josiel Alcolumbre (DEM-AP). Josiel disputou e perdeu no segundo turno a eleição a prefeito de Macapá (AP) no ano passado.

Ironicamente, Josiel perdeu a eleição após o presidente Bolsonaro gravar na véspera uma mensagem de apoio a ele.

O irmão de Alcolumbre tinha a maior coligação do pleito, apoios do prefeito da capital e do governador e foi o primeiro colocado no primeiro turno, com quase o dobro dos votos de Doutor Furlan (Cidadania), que acabou ultrapassando Josiel no segundo turno e vencendo a disputa local.

 Laurita Arruda-Território Livre/Tribuna do Norte