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Pressionado, prefeito Allyson recua e decide receber comando de greve da educação

O prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) decidiu receber o comando de greve dos professores para negociar o pagamento do novo piso salarial do Magistério, que foi reajustado em 14,95%. A audiência será marcada para a próxima semana, em data a ser agendada pelo Palácio da Resistência.

A decisão de formar a mesa de negociação, confirmada nesta sexta-feira, 3, pelo prefeito ao jornalista Bruno Barreto, ocorre 48 horas após o Executivo municipal ter emitido nota afirmando que não pagaria o novo reajuste porque “já cumpre” o piso salarial dos professores. Alegou, também, que o município não tem orçamento para arcar com o impacto na folha salarial, o que colocaria em risco o pagamento em dia do funcionalismo.

A versão, porém, foi combatida pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINDISERPUM). Segundo a entidade, a gestão Allyson apresentou números para criar uma narrativa que não se sustenta, uma vez que a Lei do piso dos professores é inquestionável. Quanto à falta de orçamento, o sindicato usou o discurso do próprio prefeito quando fez aprovar na Câmara de Vereadores o orçamento de mais de R$ 1,1 bilhão para 2023, propagando que “é o maior orçamento da história de Mossoró”.

Outro ponto é a autorização dada pela Câmara Municipal para o Executivo contratar operações de créditos que somam quase meio bilhão de reais. O comando de greve diz que segue a lógica, ou seja, se o município tem um orçamento bilionário e está autorizando para contrair empréstimos milionários, é porque existem recursos para isso.

Daí, os professores decidiram, em assembleia, continuar a greve por tempo indeterminado. O movimento, iniciado no dia 23 de fevereiro, ganhou força depois que o prefeito usou a mídia oficial para questionar o direito dos professores. A categoria se sentiu agredida, pois viu na propaganda a tentativa de colocar a sociedade contra os professores.

Na avaliação feita pelo comando de greve, o movimento já é o maior da atual gestão municipal e a tendência é crescer. Mais de 7 mil crianças estão sem aula, conforme o último levantamento feito pelo Sindiserpum.

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