Gestão Zé Antônio: Mais da Metade do Orçamento de Macau Direcionado a Apenas Duas Empresas

A transparência e a responsabilidade fiscal devem ser princípios norteadores da administração pública, mas o que se observou na gestão de Zé Antônio em Macau é um flagrante desrespeito ao dinheiro público e à eficiência na aplicação dos recursos. De acordo com dados do Portal da Transparência de Macau, impressionantes 40,3% do orçamento municipal foram direcionados à empresa PROMOVE, um valor que reflete a grave concentração de recursos em um único contrato, em detrimento de outras áreas essenciais para o município.
Entre os 20 maiores contratos firmados pela gestão de Zé Antônio, a PROMOVE se destaca como a maior beneficiada, consumindo uma fatia considerável dos recursos da prefeitura. Em números absolutos, o valor destinado à empresa supera as marcas de outros contratos importantes, sendo mais de quatro vezes maior que o da segunda colocada, a Vale Norte, que obteve R$ 47 milhões em contrato, correspondendo a 13,7% do orçamento. Juntas, as duas empresas consumiram mais da metade de todos os contratos celebrados pela gestão.
Tal concentração de recursos em uma única empresa levanta sérias questões sobre a transparência e a equidade na distribuição do orçamento municipal. Em tempos em que a população mais necessita de investimentos em saúde, educação, infraestrutura e segurança, é inaceitável que mais de 40% do orçamento esteja concentrado em um único contrato, sem que haja uma explicação clara sobre a necessidade e a justificativa para tamanha despesa.
A comunidade de Macau exige um posicionamento claro sobre os critérios utilizados para a escolha da PROMOVE como beneficiária de uma quantia tão expressiva. Além disso, é fundamental que a população seja informada sobre a prestação de contas desses gastos, com a devida transparência e clareza, para garantir que o destino dos recursos públicos tenham sidos utilizados de maneira justa e eficiente.
Sem nenhuma fiscalização da Câmara de vereadores durante os quatro anos de governo e a ausência de um planejamento mais equilibrado nos gastos públicos, houve um desequilíbrio visível no orçamento do municipio ao final do mandato, culminando em dívidas exorbitantes deixadas de herança para a nova administração. A gestão pública deve ser pautada pela justiça social, pela distribuição equitativa dos recursos e pela busca por um futuro mais próspero para toda a população de Macau.
