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LAWRENCE REVELA SUA FACE MAIS PERVERSA

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Há exatos cinco meses, a Câmara Municipal de Mossoró negou urgência a um projeto que cria o Fundo Municipal de Combate à Pobreza. Mesmo tendo acionado sua tropa de choque no Legislativo para sepultar a proposta, o prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) se surpreendeu com o resultado. A votação trouxe um empate: 11 a 11.

Com o voto de Minerva do vereador Lawrence Amorim (Solidariedade), os mais pobres foram excluídos do orçamento municipal. Para o presidente da Câmara Municipal, as pessoas que tem fome podem esperar.

Para alguns, o voto de Lawrence contrário à reserva de um percentual – mínimo – da receita da prefeitura de Mossoró para ajudar a alimentar quem passa fome, era um gesto maldoso. Uma maldade contra os que vivem em dificuldades.

Naquele momento, porém, para a grande maioria, a decisão do parlamentar de evitar que a prefeitura contribua para diminuir a fome no município era apenas mais um ato de fidelidade canina ao prefeito Allyson, a quem Lawrence trata como espécie de fiel depositário do seu mandato.

A visão que grande parte dos mossoroenses tinha – até então – sobre Lawrence, era de um político sério, firme, sensível, honesto e probo.

Seu voto contra o Fundo Municipal de Combate à Pobreza fez alguns passarem a olhar enviesado para essa figura pública. A sensibilidade parece ter ficado só no discurso. A seriedade apenas na face carrancuda.

As demais virtudes ostentadas por Lawrence seguem tentando se segurar mesmo em meio a atitudes muito dúbias e pouco explicadas. No dia 6 de junho passado, o presidente da Câmara de Mossoró teve um grande teste para mostrar que suas credenciais não são apenas de faz-de-conta. E Lawrence fez de conta que são.

O Legislativo foi “invadido” por dois auxiliares do prefeito Allyson. Kadson Eduardo e Rodrigo Lima que, como bois teleguiados, foram à Câmara tumultuar, causar confusão, bagunçar o coreto. Pintaram e bordaram.

E ao final, a presença dos “invasores” foi legitimada. Foi carimbada pelo Lawrence como legal. Pior, como tendo contribuído para ajudar na explicação do mal-explicado caso do aditivo de quase 500 mil à reforma – já concluída – do Memorial da Resistência.

Lawrence não teve firmeza para fazer valer o regimento do Legislativo. Deixou os secretários agir como se fossem o chefe daquele poder. E puderam tudo. Rodrigo Lima, por exemplo, pode “rasgar” uma convocação da Câmara e nada lhe aconteceu. E tudo permaneceu como estava: ninguém sabe para onde foram parar os R$ 425 mil, dinheiro público que parece ter ido pelo ralo.

A maior das máscaras de Lawrence parece ter caído ontem. Num longo discurso publicado num vídeo de mais de 3 minutos, o presidente declara apoio e pede voto para o presidente Jair Bolsonaro.

O “sensível” presidente do Legislativo mossoroense esqueceu os mais de 668 mil mortos da pandemia, um terço deles que sucumbiu pela negligência proposital de Bolsonaro. Lawrence ignorou que o presidente fez chacota com o sofrimento dos que morreram sem ar.

Como gestor público, “esqueceu” do escândalo da Covaxin. Como norte-riograndense, não se sensibiliza com os quase 8.500 mortos. Como mossoroense, coloca uma pá de areia sobre o sentimento das 666 famílias que perderam entes queridos por causa da covid.

Lawrence parece não se compadecer com a dor dos mais de 33 milhões de brasileiros que passam fome, embora, frise-se, ele próprio agiu para impedir que a prefeitura de Mossoró ajude os famintos. Lawrence parece ter demonstrado que é uma farsa em pele de parlamentar. Ao declarar e pedir apoio apara um presidente tão desumano, Lawrence revela sua face mais perversa. Ou a reafirma.