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Ex-ministro afirma que irmã de Micarla poderá assumir mandato de João Maia se ele for cassado

O ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Augusto Delgado afirmou hoje que a irmã da ex-prefeita de Natal Micarla de Sousa, Rose de Sousa, poderá assumir o mandato do deputado federal João Maia, presidente do PR, se este for cassado pela Justiça Eleitoral por uso de Caixa 2 na campanha para a Câmara dos Deputados de 2010, quando Maia foi reeleito. Para que Rose assuma o mandato, além da cassação de João Maia, será necessário que Rose se filie novamente ao Partido Verde, a quem pertence o mandato. Ela se desfiliou oficialmente da legenda ainda no ano passado. Caso Rose não se filie à legenda, quem assumiria o mandato seria o jornalista Marcos Cesar Cavalcante, segundo suplente da coligação.


João Maia foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral por uso de Caixa 2 na campanha passada. O processo se encontra com o juiz eleitoral Nilson Cavalcanti, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O procurador regional eleitoral, Ronaldo Pinheiro de Queiroz, autor do parecer contra João Maia, disse ter constatado a “presença de indícios de que ele teria arrecadado recursos, bem como realizado gastos, em prol de sua campanha de forma irregular e clandestina”. Nas alegações finais, Ronaldo salientou a opinião do MPE de que as denúncias são “inquestionáveis” e de que não “há dúvida” de que houve o Caixa 2.

O processo contra João Maia deverá ser julgado nos próximos dias. A análise considera conversas entre João Maia e Flávio Giorgi Medeiros Oliveira, conhecido como “Flávio Pisca”, assessor dele na campanha eleitoral de 2010. As conversas foram extraídas, segundo o MPE, do notebook pertencente a Flávio, após busca e apreensão realizada em sua residência e consequente perícia técnica empreendida pela Polícia Federal. Conforme o procurador, o deputado já estava ciente do assunto, foi notificado e apresentou sua defesa por meio de documentos. Sustentou que incorreu a alegada arrecadação, bem como gastos clandestinos, pois os valores relativos à locação de veículos em prol de sua campanha eleitoral foram adimplidos pelo Comitê Financeiro do partido pelo qual concorreu nas últimas eleições, que é o PR (partido que ele preside).

JH