Lula recebe prêmio internacional por defesa dos Direitos Humanos
Líderes de sindicatos norte-americano e espanhol entregaram prêmio George Meany-Lane Kirkland de Direitos Humanos, em mãos, ao ex-presidente
Da Rede Brasil Atual – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba desde 7 de abril do ano passado, recebeu mais uma homenagem na tarde de hoje (10). Após honrarias como a indicação ao Prêmio Nobel da Paz, a cidadania honorária de Paris e a indicação ao Prêmio Jabuti, Lula recebeu o prêmio George Meany-Lane Kirkland de Direitos Humanos.
Richard Trumka, presidente da maior central sindical norte-americana, a American Federation of Labor and Congress of Industrial Organizations (AFL-CIO), e Pepe Alvarez, secretário-geral da maior central espanhola, a Unión General de Trabajadores (UGT), visitaram o ex-presidente para entregar o prêmio, em mãos.
Trumka disse que a decisão foi unânime em assembleia do sindicato. “Um prêmio muito importante recebido por pessoas muito importantes na luta pelos direitos do trabalho. A decisão foi unânime em nome dos 56 sindicatos e 12,5 milhões e meio de afiliados da AFL”, disse.
“Este prêmio é uma grande honra. Ninguém melhor do que Lula para recebê-lo. Lula diz que quem está preso não são suas ideias. Ele está preso por suas políticas que igualam direitos entre homens e mulheres. Está preso porque, atrás de Lula, está o continente americano, especialmente centro e sul-americano. Os oligarcas imperialistas não querem que as riquezas pertençam a esses povos”, completou Alvarez.
Medidas por Lula livre
Os sindicalistas se comprometeram a internacionalizar ao máximo a luta pela liberdade de Lula. “A UGT se compromete com seus 950 mil afiliados a trabalhar pela liberdade de Lula. Que acabe essa farsa”, disse o líder trabalhista espanhol. “Esse é um compromisso que vou levar para Sanchez (Pedro Sanchez, primeiro-ministro da Espanha). Todo o sindicalismo europeu deve cobrar uma política que permita a liberação imediata de Lula. Esse não é um objetivo só dos brasileiros. Lula é um líder mundial”, completou Alvarez.
Trumka, por sua vez, listou três ações: “Vamos pressionar o Comitê de Direitos Humanos da ONU para tomar uma decisão sobre o caso Lula; vamos ao Departamento de Justiça para entender as conversas entre Moro, procuradores e a PF para entender o conluio entre essas entidades; vamos pressionar por uma decisão dos casos do Lula no STF. Essa é uma mancha na imagem do Brasil”.