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IFRN adia retorno às atividades presenciais após comitê científico apontar aumento de casos de Covid e gripe no estado


A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Belo Horizonte, em Mossoró, referência no atendimento de pessoas com sintomas gripais, voltou a registrar superlotação na manhã de segunda-feira (10). Os pacientes reclamaram da espera pela consulta e da aglomeração dentro e fora da unidade.

Na semana passada a unidade já registrava um aumento de mais de 300% na procura por atendimentos de pacientes com suspeita de gripe ou Covid.

O agricultor Diego de Almeida chegou por volta das 5h30 e passou a manhã inteira na unidade. Ele contou que há quatro dias começou a apresentar sintomas gripais e saiu da comunidade rural Pedra Branca, distante cerca de 10 km da zona urbana de Mossoró, em busca de atendimento na UPA.

“Fui na Upa do bairro Santo Antônio e como eu estava com sintoma de gripe mandaram eu vir pra cá. De 5h30 da manhã já estava uma fila muito grande, gente sentada no chão, outros passando mal”, contou o agricultor.

Centenas de pessoas se aglomeravam na recepção e na parte externa da Upa na manhã de segunda (10). Por volta das 10h, mais de 140 fichas já tinham sido entregues.

Por causa da quantidade de pacientes aguardando por atendimento, a direção teve que improvisar colocando algumas cadeiras extras.

“Cheguei por volta das 10h. Estou desde sábado com muita dor no corpo e febre. Estou aqui, ainda nem na triagem eu passei. Sei que lá dentro tem dois médicos apenas e disseram que um deles saiu para almoçar. Então, praticamente parou o atendimento. Está uma situação crítica”, contou a radialista Pedrina Oliveira que por volta de 12h40 ainda aguardava atendimento.

A vendedora Miralice Silva e o filho de 1 ano estão com sintomas gripais. Enquanto esperava o atendimento preferencial, ela contou sobre a preocupação pelo tumulto na unidade.

“Fica todo mundo junto. Do meu lado tinha uma pessoa com Covid e eu com meu filho sem máscara, porque ele não usa. E eu só pensava: 'meu Deus, eu estou aqui dentro correndo risco de vida e não tem fim de me atenderem’. Ver a criança vomitando, chorando com dor e aquela demora”, lamentou Miralice.

Os usuários também relataram que o banheiro masculino da unidade está interditado e apenas um banheiro está sendo usado por todos os usuários. “No banheiro não tinha papel higiênico. Eu acho que isso é um descaso com a população”, reclamou Francisco Roberto Almeida, Policial Militar que também aguardava atendimento.

A Secretaria de Saúde de Mossoró informou que a unidade conta com 3 médicos por turno. Um deles fica na sala vermelha acompanhando os pacientes que estão internados com Covid na unidade com Covid-19 e os outros dois fazendo as consultas.

Sobre a situação dos banheiros, a secretaria informou que o masculino está em reforma e por isso foi interditado. A secretaria não deu previsão de quando a reforma será concluída.

G1/RN