Com arrecadação superior a R$ 10 mi mensais, gestão da prefeita Raquel Lemos é alvo de constantes críticas da população de Alto do Rodrigues
Prefeita Raquel Lemos | Foto: reproduação
Em apenas 8 meses da atual gestão o município de Alto do Rodrigues obteve uma arrecadação de quase R$ 90 milhões, o que supera uma média de mais de R$ 10 milhões mensais, conforme dados publicados no portal da transparência (ver abaixo, no final da matéria).
Enquanto alguns prefeitos de municípios do mesmo porte na região do Vale do Açu como: Carnaubais, Pendências e Ipanguaçu, são obrigados a conviverem com a crise e com o caos administrativo deixado pelas gestões anteriores, mostrando resiliência e esforço para manter os serviços públicos básicos da população em pleno funcionamento, em Alto do Rodrigues existem recursos em abundância, porém, os moradores reclamam que os serviços não chegam na ponta como deveriam.
A sensação é de que o município que vinha respirando ares de desenvolvimento até a última gestão com a pavimentação de ruas, construção de casas populares, ampliação de serviços da saúde, distribuição de renda e investimentos na educação, infraestrutura, transporte e assistência social, tenha parado no tempo, mesmo com um crescimento exponencial da arrecadação.
A atual gestão segue engessada, incapaz de continuar e concluir obras em andamento deixadas pela administração anterior como é o caso do sistema de esgotamento sanitário, bem como as últimas 40 casas do Conjunto Néo Baracho que foram deixadas praticamente em fase de conclusão, faltando apenas parte da infraestrutura, e passados 8 meses da atual gestão, ainda não foram entregues aos beneficiários.
A crise não é meramente administrativa, também passa por questões de articulação política atingindo os mais chegados da prefeita de Alto do Rodirgues. Tanto é que em poucos meses de gestão, pelo menos 2 secretários municipais resolveram entregar os cargos.
Em um episódio ainda mais recente, o vice-prefeito, Dr. Richard Vannute, que se mostrava bastante alinhando a chefia do executivo, parece ter perdido espaço na gestão e resolveu deixar o partido que disputou as eleições e filiar-se ao MDB, dando ainda mais margens para o fortalecimento da ideia de um real distanciamento político com relação a mandatária.
Foto: portal da transparência